11月26日,联合国教科文组织宣布巴西战舞(卡波耶拉 Capoeira)入选世界非物质文化遗产。
卡波耶拉(Capoeira),或称卡波卫勒,亦有译作巴西战舞,是一种16世纪时由巴西的非裔移民所发展出,介于艺术与武术之间的独特舞蹈。虽然其伴随音乐节奏以通常为两人一组的方式而起舞与一般舞蹈雷同,但是舞蹈动作中结合了大量侧空翻、回旋踢、倒立等武术动作,却被认为有极浓厚的战斗用途。虽然已经存在数百年,但一直到1930年代以后卡波耶拉舞才正式地被允许在民间习授流传,由于这种舞蹈起源于非洲却又融入了相当程度巴西本土原住民的文化特性,因此被认为是巴西最重要的本土文化象征与国技之一
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Uma das manifestações artísticas mais tradicionais do Brasil passou nesta quarta-feira (26) a ser um bem mundial. A Unesco reconheceu a capoeira como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Ao som do berimbau, luta, dança e esporte se misturam. É a expressão de um povo. Mestres brasileiros já levaram o batuque e o gingado para mais de 100 países. Nesta quarta-feira (26), em Paris, a roda de capoeira passou a ser considerada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. O som do berimbau e dos atabaques era de festa.
“Nós estamos muito emocionados porque a capoeira, criada pelos escravos, proibida, interditada no Brasil por muitos anos, hoje é um patrimônio da humanidade, reconhecida pela Unesco e presente em vários países do mundo”, diz Jurema Machado, presidente do Iphan.
No estado com o maior percentual de negros do país, a capoeira tem um espaço só para ela. Em Salvador, um forte do século 17 hoje abriga escolas e exposições dedicadas a essa manifestação cultural. Para quem vive, respira capoeira, o reconhecimento da Unesco é a prova maior da força dessa tradição que resiste aos séculos sem perder as raízes e cada vez mais popular.
“Quanto mais houver reconhecimento para o capoeirista, para os mestres de capoeira, para a capoeira em si, é importante no sentido de ela se firmar”, afirma Marcos Grito, professor de capoeira.
Nas rodas de capoeira o sentimento vai além da euforia pelo prêmio simbólico. É também de superação do preconceito.
“Quando eu tinha 18 anos eu não pude entrar na capoeira porque minha mãe não queria capoeirista em casa. E hoje eu queria que ela estivesse viva para ter, para ver esse prazer que a gente está tendo hoje”, conta Edilson de Jesus, mestre de capoeira.