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巴西公立医疗乳房X射线检查极度短缺
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巴西公立医疗资源短缺,乳腺癌 câncer de mama影响着巴西女性,但是公立医疗乳房X射线检查只能提供给3.7%的女性,不仅仅是医疗器械短缺,有些地方有医疗器械诊断设备,却没有医生和技术人员来提供医疗服务。

O Brasil perde feio na prevenção de doenças como o câncer de mama. A mamografia, que é capaz de diagnosticar a doença logo no início, é um exame de díficil acesso na rede pública. E às vezes nem é por falta de equipamento, muitos estão quebrados.

巴西在诸多疾病预防上表现差劲,如乳腺癌。乳腺癌能够通过乳房X光筛查,早期发现疾病的苗头,但是在公立机构,这种有效的检测手段却得不到应用,有时还不是因为缺乏检测设备,而是因为仪器坏掉了。
E a capital federal é o pior lugar do país para fazer o exame. O número é chocante. Apenas 1,7% das mulheres entre 50 e 69 anos em Brasília conseguiram fazer mamografia pelo Sistema Único de Saúde em 2015. E o problema não é só mamógrafo quebrado. Em alguns hospitais, tem o aparelho, mas faltam técnicos e médicos para o exame.

在首都巴西利亚,情况之糟糕更令人震惊。 据统计在2015年里50~69的女性,仅有1.7%通过公立医疗SUS做了乳房X光筛查。 这里,不仅仅是仪器坏了,在某些医院,有仪器,却没有医生和技术人员来做检查。
Mamografia. Era para ser um direito, mas é pura frustração.
Bom Dia Brasil: Quantas mamografias você deixou de fazer na rede pública por falta, por dificuldade?
Creuza Ramos, aposentada: Três, na rede pública foram três. Eu tentei entrar na fila, só que a servidora do posto disse: ‘Faça particular porque nós não temos nem previsão de quando vamos estar chamando’. Eu falei: ‘Então deixa meu nome aí, pelo menos’. Ela falou: ‘Tudo bem, vou colocar, mas não tem previsão’. E, realmente, nunca chamaram.
E as “Creuzas” se multiplicam. Sabe quantas mulheres fizeram o exame no SUS do Distrito Federal? Menos de 2%. Isso na faixa dos 50 aos 69 anos de idade. E foi lá a menor taxa de todo o país. Mamógrafos tem, mas ou não funcionam ou faltam profissionais.
E no Amapá? Advinha…
“Não está fazendo porque o mamógrafo está quebrado, está com problema. Eu fiquei desesperada porque a gente não espera um negócio desse, né?”, queixou-se a diarista Francisca Silva.
E já se vão sete meses de espera. E lá, também, está tipo loteria. Mamografia só para 3,7% das mulheres. É a segunda pior cobertura do país.
O Acre vem em terceiro lugar, 6% das mulheres usaram os mamógrafos. Onde a produtora rural Eliuda Gomes mora, a 115 quilômetros da capital, nem tem. E aí ela foi deixando, deixando, até que pegou a estrada.
“Muito longe, não tinha dinheiro para vir, muito longe, mesmo, aí tinha questão de hospedaria aqui em Rio Branco, né, precisava de dinheiro para pagar, muito difícil, né”, disse a produtora rural.
Olhando o país todo, o estado que atendeu mais foi Minas Gerais. É o melhor. Agora, imagine, de cada 100 mulheres, só 35 saíram com uma mamografia na mão. Ou seja, 35%, sendo que a Organização Mundial da Saúde recomenda que seja pelo menos de 70%.
A média do Brasil fechou 2015 com 24,4%. E quanto menos investimento nas mamografias, mais mortes. É um fato isso.
“O objetivo é pegar tumores pequenos, que ainda não são palpáveis. Então, quando você pega um tumor menor, você pode fazer um tratamento menos mutilante e você aumenta a possiblidade de cura”, explicou a mastologista Fernanda Salum, da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Para Sociedade Brasileira de Mastologia, que fez o levantamento, em parceira com a Rede Goiana de Pesquisa, o Brasil não prioriza o atendimento as mamografias e está muito, mas muito atrás do mundo.
“Em outros países os programas de rastreamento, eles são programas até separados dos exames de diagnóstico. As mulheres, elas são convocadas para fazer a mamografia, quando existe um rastreamento organizado. E no Brasil não tem nada disso. Um estado, ele não tem o mínimo controle sobre quem está fazendo o exame, sobre quem não fez, entendeu? Então, assim, dessa forma, realmente, fica difícil o benefício”, acrescentou a médica Fernanda Salum.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a rede pública tem 12 mamógrafos, que 9 estão em funcionamento e que cinco mil mulheres estão na fila.
O governo do Acre informou que tem mamógrafos suficientes, mas que a dificuldade maior é conscientizar as mulheres, principalmente as que moram no interior.
A coordenadora de Doenças Crônicas do Amapá disse que o equipamento vai passar por manutenção ainda neste semestre. Enquanto isso, o estado fechou um convênio com um hospital particular para atender os pacientes do SUS.
E o Ministério da Saúde disse que o número de mamografias cresceu de 2010 para 2016. Nessa faixa etária no estudo, de 50 a 69 anos, disse que passou de 854 mil para 2,2 milhões. Mas não informou quanto por cento da população foi atendida.