巴西里约热内卢北部一城市22岁的女大学生被警察枪击身亡。据警察讲,当时发生了一起抢劫袭击,劫犯所开的车和女学生坐的车描述一致,警察要求该车停车接受检查,但是该车逃所以才开枪。但是该车的司机和车上的朋友讲,他们并没看到任何警察要求停车的指示,他们自己也证照齐全,毫无逃跑的必要。这场罗生门事件目前还在调查中。
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Uma estudante de 22 anos morreu em uma blitz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, emNilópolis, na Baixada Fluminense, no último fim de semana. Haissa Vargas Motta foi baleada durante a abordagem policial. Os PMs dizem que o carro onde ela estava não parou, mas os amigos da vítima contestam essa versão.
“Nessa mesma noite ela me ligou pedindo a benção. Eu falei: ‘Filha, Deus que te abençoa’. E de manhã eu recebo a notícia pela minha filha mais velha de que ela tinha sido morta, assassinada pelas pessoas que eram para nos defender e mataram a minha filha”, relata o pai da vítima, Ironildo Motta.
“A minha parte mais feliz foi tirada, arrancada de mim de uma forma bruta, grosseira, sem motivo, sem razão”, lamenta a mãe de Haissa, Sonia Motta.
Os PMs disseram que faziam um patrulhamento quando viram um carro branco. Eles procuravam dois carros da mesma cor, que estavam com assaltantes. Ainda segundo os policiais, o carro onde Haissa estava não respeitou o aviso de parar e, por isso, eles atiraram.
O automóvel, com cinco pessoas, foi atingido por quatro tiros. Um deles atingiu Haissa nas costas. Ela estava no banco de trás, chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
Uma amiga da jovem, que também estava no carro, contesta a versão dos PMs: “Não sinalizaram nada, não piscaram farol. Eles atiraram para matar. Como que a polícia atira mais de dez vezes com fuzil em cima de um carro que eles não sabem quem são?”.
Enquanto o caso estiver sendo apurado, os quatro policiais envolvidos na ação não poderão atuar nas ruas. As armas usadas por eles foram entregues para perícia. Testemunhas já prestaram depoimento e os investigadores buscam imagens de câmeras de segurança próximas ao local do crime.
O caso foi registrado como homicídio decorrente de intervenção policial. O pai da estudante cobra uma explicação das autoridades: “Em vez de abordar, verificar, mataram a minha filha. Será que ela vai ser mais uma das estatísticas? Esses policiais não vão ser punidos?”.
Os produtores do Jornal Hoje conseguiram falar, por telefone, com o motorista que estava dirigindo o carro onde estava Haissa. Ele pediu para não ser identificado, mas disse que não viu a polícia dar nenhuma ordem para ele parar e, por estar em dia com os documentos, afirmou que não teria nenhum motivo para fugir. O jovem é bancário e disse que vai colaborar com as investigações.